Masquerade: O dentista de antigamente

Caros amiguinhos internautas,

Como todos sabem (ninguém sabe), eu tive que operar e extrair os dentes do siso do lado esquerdo da minha boca e só posso me alimentar de sopa, yogurt, sorvetes, sucos e tudo que seja líquido.

Por esse motivo estou me sentindo uma velha, banguela e estranha, com o rosto desfigurado e tudo mais que uma pessoa que não sai de casa à quatro dias possa sentir.

Estou enlouquecendo aos poucos meus caros amigos, mas garanto que no final das contas, quando essa semana torturante acabar, eu vou estar melhor. E quando eu finalmente melhorar, terei que me submeter à mesma situação, só que do outro lado.

Por causa da minha nobre situação, fiquei curiosa e resolvi pesquisar alguma coisa sobre dentes e olhem só o que eu encontrei:

"Ao contrário que muitas pessoas pensam, os dentes não são um prolongamento dos ossos. São órgãos mastigatórios independentes e com “vida própria”. Com a coroa sob a forma de esmalte translúcido recobre a dentina que guarda a polpa.
Existem manchas castanhas na superfície do esmalte de alguns dentes que nada têm a ver com tabaco ou café. Chamadas de Fluorose, torna-se uma anomalia causada belo uso abusivo do fluor. Outras manchas podem ter origem na ingestão de antibióticos tipo tetraciclinas ou simplesmente anomalias chamadas hipocalcificação ou hipoplasia, sendo esta última relacionada com a forma da superfície esmaltada do dente.
O ciso ou terceiro molar permanente é um dente considerado em vias de extinção. Muitas pessoas já nascem com anodontia ou ausência do germe dos mesmos, e outra grande parte da população humana tem o dente mal posicionado.
Não se deve deixar de escovar os dentes sob a justificativa de ter acabado a pasta dos dentes. A pasta é um cosmético fluoretado que auxilia na limpeza e fortalecimento dos dentes, mas o processo de remoção da placa bacteriana é apenas feito pelo processo mecânico de fricção e varredura da superfície do esmalte dos dentes com as cerdas das escovas e com o complemento do fio dental.
Depois do tratamento completo dos dentes, é recomendada uma limpeza e uma revisão aos mesmos de 6 em 6 meses.
No caso de uma avulção dentária permanente, ou seja, uma saída total do dente da boca após uma pancada, o dente deve ser passado por soro fisiológico ou leite para remover as impurezas, deixá-lo num copo na mesma solução e rapidamente ser entregue ao dentista para seja tentado um reimplante dentário. Há muitos casos com sucesso após cuidados especiais.
As frutas duras e alimentos fibrosos auxiliam uma limpeza dos dentes em caso de ausência de escova. Porém, não substituem a função da mesma.
Os dentes de leite, são chamados assim porque são muito mais branquinhos que os permanentes.
No caso de extracções dentárias, os dentes extraídos devem ser prontamente substituídos por próteses dentárias para evitar uma série de outros problemas a nível funcional e até estético."

http://www.matosinhoshoje.com/index.asp?idEdicao=105&id=6115&idSeccao=1439&Action=noticia

O ensino da odontologia

A primeira escola de odontologia do mundo, fundada por Horace A. Hayden e Chapin Aaron Harris, em 1º de fevereiro de 1840, Baltimore College of Dental Surgery, começou a funcionar com quatro professores a 3 de novembro de 1840, diplomando dois dentistas após um curso de 16 semanas.
Sucessivamente, em todas as nações firmou-se um aprimoramento dos estudos odontológicos, de descobertas e aperfeiçoamento. Na área cirúrgica alcançou-se um alvo extraordinário : a descoberta da anestesia por Horace Wells em 1844 com a aplicação de gás hilariante, ou protóxido de azoto, ou ainda, óxido nitroso.
John M. Riggs foi o primeiro a extrair um dente mediante anestesia pelo óxido nitroso. Em 1847, James Simpson introduziu a anestesia por clorifórmio.
Em 1853 é idealizada a primeira seringa para anestesia que em 1867 foi aperfeiçoada em vidro.
Em 1856 adotou-se o sistema de próteses fixas e em 1869 confeccionavam-se coras em ouro semelhantes às atuais.

Cadeiras do dentista se aprimoraram nos anos 70

Os primeiros tratamentos dentários eram feitos no chão e hoje confortáveis cadeiras seguem ergonomia que acomodam o pacienteDizem que ir ao dentista é uma falta de prazer. O tratamento ainda oferecer dor. Porém, o avanço tecnológico tem diminuído esta dor.
Se voltarmos para séculos atrás notamos que o atendimento era feito em condições precárias.
O local onde era feito o tratamento dentário foi alvo de uma longa evolução. Nos primórdios, o "dentista" sentava-se no chão diante do paciente para realizar o tratamento. Os gregos criaram a primeira cadeira para fins cirúrgicos. A definição de consultório odontológico surgiu através de Pierre Fuchard, considerado o "pai da odontologia moderna". Em Paris, a partir de 1719, ele passou a colocar o paciente em uma cadeira com um encosto almofadado. Na época, o dentista é quem ia atrás do paciente e não vice-versa.
A cadeira odontológica mais antiga que se tem conhecimento foi utilizada por Josiah Flagg nos Estados Unidos entre 1790 e 1812. Era de nogueira, possuía um almofadado para a cabeça e apoio para os braços. A cadeira era sempre colocada próxima a uma janela pois o tratamento era feito com a luz natural.
Nos anos de 1930 surge a industrialização das cadeiras odontológicas, próximas aos padrões atuais.
Nos anos 70 ela toma o formato atual, com mesas e aparelhos auxiliares. Atualmente, as cadeiras seguem a ergonomia do paciente, dando-lhe comodidade e facilitando os diversos ângulos que o dentista precisa para a realização dos procedimentos.